segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Daniela Mercury e o Surfista


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Nossa... teve quase 2 mil visitas o meu último post. Me parece que falar de gente da Bahia é um bom negócio... rsrsrsrs... brincadeira.

Mas coincidentemente falarei mais uma vez de uma cantora baiana. Desta vez Daniela Mercury. Não será uma crítica. Mas apenas vou partilhar uma história antiga... Vamos a ela...


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Entrando na adolescência, havia na escola um amigo apelidado de Surfista. Ele tocava guitarra virtuosamente, compunha algumas músicas e sonhava ser um astro da música.
Certa vez, Surfista, eu e mais um amigo planejamos conhecer a rádio da qual éramos ouvintes assíduos. Chegando tímidos, comunicamos à recepcionista o desejo de conhecer as instalações e os locutores de um programa de humor que adorávamos. Não sem surpresa, ouvimos a moça dizer: “Tudo bem. É só esperar a Daniela Mercury sair do estúdio, aí vocês podem entrar”. Na época, a cantora vivia o boom de sua carreira, e sequer sabíamos da sua presença na cidade. Pegamos alguns papéis, emprestamos caneta e ansiosos ficamos num corredor estreito esperando-a passar.

Ao sair do estúdio, logo um grande número de pessoas a cercou e tivemos algumas dificuldades de chegar perto. Finalmente consegui meu autógrafo. Vi que meu outro amigo também havia tido êxito. Só não conseguia enxergar o Surfista. Onde estaria?

A Daniela Mercury estava acabando de se desvencilhar dos fãs que a cercavam. Prestes a entrar no carro, a cantora vê o Surfista pular assustadoramente à sua frente, segurá-la pelos ombros, olhar em seus olhos e chacoalhá-la dizendo: “Daniela. Meu nome é Thiago Castro. Guarde esse nome. Eu vou fazer muito sucesso um dia!”. O outro amigo e eu não sabíamos onde nos esconder. Todos ficaram espantados. E a baiana respondeu apenas: “Se Deus quiser...”

O desejo do Surfista era ser famoso com a música. Mas a frase dele foi “vou fazer sucesso”, e não “vou ser famoso”. E sucesso ele teve. Hoje, mora em Brasília, trabalha com informática e ainda tem projetos musicais, porém para contentamento próprio. Agora o seu sucesso é particular, sem depender do glamour e da mídia para se sentir satisfeito.

Qual é o conceito de sucesso a ser adotado? Fama ou felicidade? Prestígio ou satisfação? Definitivamente, o sucesso não está condicionado à fama e dinheiro. Talvez essas coisas levem algumas pessoas a encontrar felicidade e satisfação. Mas não são as únicas vias para se chegar nesses objetivos. Felicidade e satisfação estão muito mais ligadas a fazer o que gosta e estar de bem consigo mesmo. Como jornalista, também me considero um homem de sucesso. Embora não tenha alcançado alguns anseios juvenis, vejo que as dificuldades me levaram a ter algo mais precioso: a satisfação de saber que (bem ou mal) as coisas aconteceram como deveriam ter acontecido. Oxalá esse também seja o pensamento de quem lê essa história.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ivete Sangalo - O Roberto Carlos de saia



Seria ela a substituta?



Era um domingo, batizado da Ana Luiza (minha filha) e fomos fazer um almoço na casa de uma das minhas irmãs. Como a Ana Luiza dormiu no meu colo e a bagunça tava rolando solta (família reunida, já viu, né), me fechei na sala de TV e mudando os canais, parei no Multishow. Estava passando o DVD novo da Ivete Sangalo feito para o canal, chamado “Multishow Registro – Pode Entrar”.


Certa vez, num outro blog que eu tinha (ele ainda existe, mas nem escrevo lá), falei sobre a Ivete Sangalo: “Essa moça desperdiça a melhor voz e talento do país cantando axé”. Esse “axé” que falei, acho necessário especificar um pouco mais... vou tratá-lo aqui de “Música Pra Pular Brasileira”, a MPPB. Trocando em miúdos, coisas do tipo: “Aê, Aê, Pererê, Com Você. Aá, Aá, Tralalá, Vamos Pular. Tira o pé do chãããooo”. Considerações dadas. Voltemos ao sofá da casa da minha irmã...


Comecei a ver o especial da Ivete justamente por achar que ela é a cantora com o maior potencial de ser lembrada na história como a melhor deste momento que vivemos. Só não acho que ela já mereça isso. Andei vendo que vários blogs escreveram sobre este mesmo assunto que estou falando, e um deles falou algo que concordo: Me diga com propriedade, sem fanatismos de fã (com o perdão da redundância), qual disco da Ivete Sangalo vai ser uma referência histórica da MPB daqui vários anos? E por que? Eu, até mesmo por não ser fã dela, respondo sem pestanejar: nenhum. Mas esse “Pode Entrar” quaaaase consegue isso. E talvez seja o passo mais concreto que ela deu para conseguir isso num futuro.


É até um pouco contraditório. Ela canta muito. Tem uma musicalidade impressionante. Boa compositora. Tem carisma indiscutível. Então por qual motivo o nome da Ivete Sangalo ainda não está nos anais da música brasileira, como está o de Elis Regina (por exemplo)? Tenho uma resposta, que talvez seja a correta: ela canta muitas banalidades. Tem “ae ae” demais e pouca poesia. Conteúdo muito fraco. Mas, mais uma vez: “Pode Entrar” começa a derrubar esse estigma da Ivete. Mas, apenas começa...


Minha tese é de que ela é o Roberto Carlos de saias e baiano. E por dois motivos que vou tentar exprimir bem:


Primeiro: Ela é bem popularesca.

A Ivete Sangalo “canta o que o povo quer ouvir”. Ela põe todo mundo pra dançar, pular, levantar poeira. E não fala nada de interessante. Não coloca as pessoas pra pensar. É SÓ diversão. E definitivamente, sou do time “a gente quer comida, diversão e ARTE”. Mas refletindo um pouco mais, na época em que era líder da Jovem Guarda, o Roberto Carlos era um produto mais vendável até do que a Ivete é hoje. E cantava músicas tão (ou mais) fúteis que ela. E, confesso, hoje acho muitas delas geniais. “O broto quis andar no calhambeque, bib dubiu, dubi dubiii” é fantástico... Talvez daqui uns 30, 40 anos, um blogueiro metido a entendido escreva que “Levantou Poeiraaaa” também é genial. E quando isso acontecer, talvez a Ivete esteja sentada num banquinho, apenas com violão cantando umas baladas “recheadas de conteúdo”.

Mas vamos ao segundo motivo, que acho mais interessante.


Segundo: Ela é conciliadora.

É neste ponto que se firma a minha tese de que a Ivete será o que o Roberto Carlos é hoje. Vamos pensar: daqui uns anos, por razões óbvias do tempo que não para de passar, não teremos mais o “Rei”. Minha opinião é que esse lugar será ocupado pela Ivete Sangalo, EXATAMENTE por ela ser uma artista, além de talentosa, boa cantora, compositora e outros eteceteras, conciliadora. E percebi isso mais do que nunca nesse CD/DVD “Pode Entrar”.


TODOS os brasileiros estão acostumados a ver o Especial de Fim de Ano do Roberto Carlos, e as maiores novidades sempre são as participações especiais. Ele já cantou com os clássicos Milton Nascimento, Tom Jobim, Gal Costa. Com rockeiros Titãs e Jota Quest. Sertanejos Almir Sater, Sérgio Reis, Chitãozinho & Xororó. Sambistas Neguinho da Beija-Flor e Alcione. Mas também já dividiu vocais com podreiras do naipe de MC Leozinho (Ela só pensa em beijar).


A Ivete, neste novo trabalho, tem como convidados nomes fortes como Lulu Santos, Marcelo Camelo e uma diva: Maria Bethânia. Tem também um cara chato, que era esperado, pois canta como substituto dela: Saulo Fernandes, da Banda Eva. Tem ainda o Carlinhos Brown (compositor de 3 músicas do DVD) e a irmã da Ivete, Mônica de San Galo (assim separado mesmo) que canta muito bem. A surpresa fica por conta da banda de forró-ultra-giga-mega-blaster-brega “Aviões do Forró”. Quando você imaginou ver Maria Bethânia e Aviões do Forró no mesmo DVD? Quero deixar MUITO CLARO que não gosto nada de Aviões do Forró. Mas esse estilo representa sim parte da cultura nacional, especificamente da região nordeste do país, que tem características culturais muito peculiares.


Essa coisa conciliadora da Ivete Sangalo tem dois possíveis destinos. Se for um, não será o outro. Ou a baiana jamais vai conseguir ser respeitada pelo que se considera uma música “intelectual”, a MPB de fato. Ou ela vai elevar essa podreira de forró nojento ao nível de “música respeitável”. Prefiro acreditar que vai acontecer igual com o Roberto Carlos: a parceria se dá apenas para demonstrar simpatia. O Rei continua no auge. E o MC Leozinho? Alguém viu?


Sobre o DVD em si.

Gostei BASTANTE de algumas músicas. Cito e recomendo:

“Teus Olhos” – Com um quê de música havaiana, melodia doce, que já tem se tornado uma característica do Marcelo Camelo, o compositor da música.

“Meu maior presente” – Composição de Ramon Cruz. Belo arranjo, harmonia bem construída. Ivete cantando bem legal, acompanhada de backings muito bem arranjados. Refrão interessantíssimo. Vídeo Abaixo!

“Completo” – Ivete canta com a irmã Mônica de San Galo. As duas cantam muito bem uma música de letra doce, poesia bem construída e som agradável.

“Viver com Amor” – Mais uma do Ramon Cruz. Uma música agitada, até vai no estilo MPPB, mas é eficiente.

“Vale Mais” – embora tenha a participação nada importante de Saulo Fernandes, é uma boa música.



sexta-feira, 26 de junho de 2009

Who's Dead?

"Michael Jackson is dead!"
"Who's Dead?..."

É... não dá pra acreditar quando se vai um desses ícones. E não poderia deixar barato...
Michael Jackson é estranho, excêntrico, às vezes dá medo de pensar nele. Mas é uma estrela. Um cara que foi muito mais artista do que celebridade. Quando criança, me lembro demais de ver "Black Or White" na TV. Que clipe sensacional. E que música... vai deixar saudades...

Michael Jackson misturou 3 elementos: Pop, Rock e Black Music (Soul e Funk) de uma forma incrível. As misturas de ritmos, em geral, acabam privilegiando um ou outro ritmo. Mas Michael Jackson foi 100% Pop, 100% Rock e 100% Soul/Funk. E com uma competência de poucos. Suas músicas são dançantes, empolgantes e não são medíocres como as de Britney, Justin e outros atuais ídolos pop...

Michael também dançou. E quem de nós nunca tentou dançar como ele? Quem nunca quis imitar Michael? Claro... todos queríamos ter aquele talento. E ele sempre cantou ao mesmo tempo, sem comprometer seu desempenho como vocalista... a Joelma do Calypso deve aprender com ele.

A MTV deve (E MUITO) a Michael Jackson e sua ousadia de fazer super-clipes com produções totalmente cinematográficas. Hoje, no mundo todo (até no Brasil) leva-se muito a sério a produção de um clipe, graças a "Thriller".

Infelizmente ficou muito tempo sem produzir muita coisa. Ou quase nada. Ou o que produziu foi quase irrelevante. Sobre isso, escrevi um texto há alguns anos por ocasião de sua absolvição em 10 acusações, num outro blog que eu tinha. O texto também foi publicado no jornal Cruzeiro do Sul (Sorocaba) e reproduzo ao final deste. Esperava por essa sua volta. Queria vê-lo dançando (talvez não tão bem) e cantando (também). Queria vê-lo sorrir, ainda que com aquela face medonha. Mas queria vê-lo na música. Queria vê-lo longe dos escândalos... queria vê-lo em paz.

Mas quando foi que Michael Jackson teve paz? Quando Michael deitou sua cabeça no travesseiro sem sequer uma preocupaçãozinha? O cara sempre foi criticado, teve suspeitas contra si, incontáveis problemas de saúde, entre outras coisas. Espero agora, que esteja em paz.

E espero ainda mais, que outro Michael apareça. Pois não quero ter que sobreviver de Britneys, Justins, Beyoncés, etc...

RIP Michael Jackson!



14 de junho de 2006

Pó’pular essa parte aí de justiça. Vamos direto para o pop!

Esse texto aí é sobre um tal de rei de um tal de pop...

Dez acusações contra o pop mundial. Ele foi absolvido. Os fãs comemoraram, atribuíram a Cristo a decisão judicial e, exaltados, entoaram sucessos. Afinal de contas o pop poderia ficar cercado por paredes em pouco mais de 4 metros quadrados, acompanhado apenas de uma cama e um vaso sanitário, onde ele poderia depositar suas necessidades fisiológicas e o seu passado. Porém, o pop jamais perde e ele continua livre para assustar a todos com o seu Terror (ou com sua cara feia), para voltar aos morros cariocas, para balançar bebês de sacadas de hotéis, para tomar remédios que mudam a cor da pele, para brincar em seu quintal e talvez se divertir inocentemente (a justiça disse isso) com seus mais jovens fãs.

Por mais que queiram derrubar o pop, jamais conseguirão já que ele tem o apoio popular. Ao seu lado está o público, a platéia, o povo. Alguém se lembrou de que os jurados também são platéia do pop? Ao final do julgamento, o juiz subiu na mesa, as testemunhas fizeram street dance, e o pop reinou absoluto mais uma vez ao som de Beat It: "Ninguém quer ser derrotado... Não importa quem está certo ou errado... Eles estão lá fora para te pegar. Melhor sair enquanto pode. Não queira ser um menino. Queira ser um homem... Cai fora, cai fora!"

O pop está aí. Idolatrado por não fazer nada. Ele devia ser preso por não fazer mais músicas boas. Por ser demasiado pop. E o que o pop vai fazer agora? Vai ouvir o rock de Elvis e Beatles? Até que ponto é bom ser pop? Até que ponto o pop gosta de ser pop? Até que ponto o pop gosta do pop?

Jota - ouvindo Elton John

http://jotaabreu.spaces.live.com/blog/cns!4AFAF7F3E1521D5E!129.trak




quarta-feira, 10 de junho de 2009

Os sacos de plástico não morrem






Me parece mesmo que quem é vivo sempre aparece. Os Titãs reaparecem depois de seis anos sem um disco de inéditas e apresentam “Sacos Plásticos” (Arsenal Music – R$ 27), produzido por Rick Bonadio, famoso por trabalhar com artistas diversos e populares demais como NXZero, ET e Rodolfo, Rouge, Bro’z, Mamonas Assassinas, entre outros. Em contrapartida, Bonadio também já trabalhou com Ira!, Charlie Brown Jr., e alguns outros sons audíveis.


A intenção principal da banda foi revisitar com frescor as influências que eles mesmos criaram ao longo de 27 anos de carreira. Claramente “amor” é o tema desse novo trabalho de Branco Mello, Charles Gavin, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto.


A começar por “Amor por dinheiro”, a faixa que abre o CD. Essa não é do tipo romântica. Pelo contrário, Sérgio Britto grita (no seu melhor estilo) “acima da lei de Deus, o dinheiro!”. Ouvindo a música já fica nítida a sensação de que os Titãs de fato voltaram. Ao mesmo tempo nota-se a novidade: a banda incorporou elementos eletrônicos, quase que em substituição à bateria. Embora seja uma ótima canção, esta é uma das faixas onde falta a força de Charles Gavin, como eles próprios dizem, o “motor da banda”. A esperança fica para quando ela for para o palco, onde apenas os cinco irão executar as músicas, assim como aconteceu no CD.


“Antes de Você” (ouça no fim do texto) é a faixa com mais apelo comercial, e que por isso rende algumas comparações com as bandas de emocore. Embora seja razoavelmente chorosa, é um rock firme, com guitarras marcadas e apenas alguns arranjos da introdução parecem mal colocados. Importante ressaltar, há cerca de 1 ano, a MTV mostrou um especial com os Titãs em estúdio se preparando para esse disco, e “Antes de Você” tinha outra cara. Era mais madura e tinha uma melodia elaborada. A atual versão é boa, mas a antiga era muito melhor. Por não ter a cara dos Titãs (e sim do Paulo Miklos) destoa do conceito do disco.


Em seguida os Titãs apresentam a faixa-título. “Sacos Plásticos” é um ska em tom menor, que fala sobre o consumo exacerbado que muitas vezes transforma pessoas em objetos. Mais uma vez as programações se sobressaem em relação à bateria. Uma pena. Vale muito pelos riffs de Tony Bellotto. No disco todo o guitarrista se supera e volta a criar linhas geniais para harmonias simples, como fez em grandes obras como Cabeça Dinossauro (1986), Jesus não tem dentes no país dos banguelas (1987) e Õ Blesq Blom (1989). Bellotto não é um guitar hero, assim como os Titãs nunca foram exímios instrumentistas. Mas da mesma forma que a banda, ele surpreende com uma criatividade empolgante.


“A Estrada” finalmente traz o som heavy dos Titãs. Dessa vez Charles Gavin desce o braço na batera. E a novidade fica por conta da brilhante condução do (tradicionalmente) tecladista Sérgio Britto em um baixo bem equalizado e dosado para o que o rock pede.


Outra canção de peso é “Agora Eu Vou Sonhar”. Embora pareça ter saído do bom “Eu Sou 300” (2007), último álbum solo de Sérgio Britto, os berros semi-desafinados em palavras como “escravize” e “despedace”, transparecem com muita veracidade o alívio dos negros com o “fim” (será que acabou?) do preconceito racial. Bellotto mais uma vez é brilhante na linha que conduz a canção. Destaque para o “Hey ho, let’s go” em alusão aos Ramones, e para o áudio do discurso “I have a dream” de Martin Luther King.


O momento alto astral do disco é “Quanto Tempo”. A poesia-reflexão de meia-idade de Tony Bellotto ganha um plus em uma melodia grudenta. O refrão (O tempo passa tão depressa / Logo acaba, mal começa/ Eu tenho pressa / Não vou olhar pra trás) fica impregnado na mente de quem ouve. É a primeira vez que os três vocalistas dividem uma canção.


Duas faixas chamam a atenção pela ousadia nas tais programações: “Problema” e “Múmias”. A primeira é uma parceria de Paulo Miklos com Liminha e o ex-titã Arnaldo Antunes. Lembra as boas dissecações de Arnaldo sobre apenas uma palavra, neste caso, o título. Já a segunda faz uma brincadeira irônica com o fato de que a banda vive cantando suas músicas antigas. Nas duas, cantadas por Paulo Miklos, os elementos eletrônicos agora sim estão na medida, e lembram grandes canções da banda como "Comida", "Miséria", "Diversão", etc. Pode-se inclusive ouvir um backing gritando “O quê” em uma delas.


Presente naquele especial da MTV de 1 ano atrás, “Não espere prefeição” também sofreu alterações. Mas neste caso para melhor. O estilo pesado também está presente nesta música que tem um pequeno desacerto: o solo de guitarra da introdução usa um som trêmulo muito chato. A exemplo de “A estrada”, esta música está em um tom mais baixo do que tradicionalmente Branco Mello costumava cantar. Mas a melhor dele é “Deixa Eu Entrar”, assinada por Britto, Bellotto e Andreas Kisser (Sepultura), que também toca na faixa. Branco volta a fazer a voz cavernosa beirando o gutural, a qual não fazia desde os tempos de Titanomaquia (1994). Ouvidos atentos para o solo de Andreas. Britto também toca baixo nessa.


Se o tema do disco é amor, e os Titãs de ultimamente andavam fazendo boas baladas, elas não poderiam faltar neste novo disco. A duas mais bonitas têm arranjos de cordas gravados Nashville. “Por Que Eu Sei Que É Amor” traz um hammond suave com um agradável violão de aço na introdução. Os Titãs se refinaram com acordes com sétima aumentada. Mais um refrão que gruda na memória. Talvez pudesse ter sido a melhor escolha para primeira música de trabalho. A outra com cordas é “Deixa Eu Sangrar”. Uma emocionante interpretação de Sérgio Britto para uma canção composta por ocasião do falecimento de sua mãe em 2007. A letra parece servir também para o fim de uma relação amorosa. Destaque para os backings de Paulo Miklos.


Ponto negativo para duas músicas: na introdução de “Quem Vai Salvar Você do Mundo?” um arranjo fraquinho de piano que vai e volta em três notas acompanha boa parte da música. Ela também tem as cordas de Nashville e só vale escutar inteira por causa disso. O problema é que depois da frase “se a vida é para mais ninguém”, vem um breque que parece anteceder um final apoteótico, como aquele de “Nem 5 Minutos Guardados”. Mas o que vem em seguida é exatamente aquele pianinho da introdução. Outra fraca é “Nem Mais Uma Palavra”. Um reggae que em alguns momentos lembra The Police. Mas só em alguns momentos. A letra é fraca e a música dá sono.


Enfim, “Sacos Plásticos” é um disco muito mais titânico do que os dois últimos de inéditas que a banda fez. Individualmente todos eles foram muito bem nas gravações e com muito êxito conseguiram fazer um grande disco. Mas ficaram um pouco escondidos atrás dos samplers de Bonadio. Vale pensar que a inovação está exatamente na experimentação. Mas o exagero é o único pecado desse que poderia ser um álbum épico. Contudo como os próprios Titãs advertem: “não espere perfeição”. E a imperfeição sempre foi o grande charme da mais importante banda do rock brasuca.


Ouça "Antes de Você" como era antes da gravação original (Bastidores MTV - Créditos: Lismar)


Titãs - Antes de Você (antes da gravação final)


Ouça "Antes de Você"


Titãs - Antes de Você


Veja os Titãs em estúdio



Cenas da gravação do clipe de "Antes de Você"


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Vídeo Pedro Mariano e César Camargo Mariano

Olá Pessoal!

Vai um vídeo do show do Pedro Mariano e César Camargo Mariano que eu escrevi há um tempo atrás (é só rolar pra baixo e ver o texto).

Abraço!


terça-feira, 26 de maio de 2009

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Um Deus que seduz!



De uns anos para cá, estamos sofrendo com a onda de artistas religiosos dominando a grande mídia. Eles vendem muitos discos, livros, aparecem em programas de TV, e às vezes até fazem os seus próprios.

Vou falar aqui sobre a grande mídia veicular música religiosa. Escrevo dessa vez, mais do que apenas pela música, mas por 3 atributos que me credenciam a falar sobre o assunto: 1) Sou jornalista e comunicador; 2) Sou um músico amador (inclusive toquei na Igreja por muito tempo); e 3) Sou católico.


Ver aquilo que chamamos de “Palavra de Deus” atingir a muitas pessoas sempre foi (e continua sendo) um anseio meu. Mas esse conteúdo jamais pode ser comprometido por superficialidades. Mas já já eu volto nesse assunto.


O pioneiro foi José Fernandes de Oliveira, o padre Zezinho. Ele é um cara muito artístico com grandes noções teatrais e musicais e que escreve de forma muito admirável. Ele jamais tornou discutível o seu sacerdócio e aquilo que isso representa, em nome da sua arte. Fez o que devia ter feito.


A partir do momento que alguns padres passaram a querer dar “show de talento”, (muitas vezes inexistente) o caminho aberto pelo Zezinho se desvirtuou.


O Padre Marcelo Rossi é um cara do qual não duvido ter boa intenção. Ele quis levar mesmo a “Palavra de Deus” para as pessoas. Mas além de não ser nada artista, ele se sujeitou a fazer algumas coisas que expuseram a instituição “Igreja Católica” a situações vergonhosas. Me lembro de vê-lo cantando no “Planeta Xuxa” ao lado das paquitas com os seios de fora. Ou ainda se prender numa roda louca em um “Teleton” no programa do Gugu, e virar de cabeça para baixo... Alguém pode me responder como ele evangelizou fazendo isso?


E o cara do momento é o campeão de vendas Padre Fábio de Melo. Além de cantor e compositor (de qualidade duvidosa) ele tem uma formação acadêmica extensa, que o credencia para escrever os seus 6 livros. É pós-graduado em educação e mestre em antropologia teológica.


Pra começar. Detesto antropologia. Principalmente essa aplicada às empresas. Luiz Almeida Marins Filho (de quem também não gosto) me falou dia desses numa entrevista que “antropologia é a ciência da observação”. Na minha visão, é observação para depois manipular. E me parece que o Padre Fábio tem feito isso com os fiéis.


Acho pobre o conteúdo dele (assim como o dessas palestras motivacionais). Tudo manjado, tudo óbvio, mas com uma maquiagem de novo, de esplendor, de impressionista. Aliás, maquiagem é bem a faceta do padre. A capa do CD “Enredos do meu povo simples” (2007) é de dar nojo. A pose dele é compreensível se fosse um disco do Alexandre Pires ou do Fábio Jr. Não o disco de um padre! Deixando a música um pouco de lado, e falando da Igreja: muitas vezes vi gente dizer que as mulheres dão em cima dos padres. No caso desse, ele me parece tentar provocar isso na barba fininha, nas bocas entreabertas, olhares penetrantes, botox, pó, base, etc. (Vide Google Imagens – Fabio de Melo) Ao ver a capa do “As estações da vida” (2001), quando ele ainda era seminarista, não consigo imaginar que ele tentou evitar ser “sensual”. Vaidade (atributo que ele admite ter) é pecado segundo alguma passagem bíblica que não me vem à memória agora. Se o padre não quer atrair as mulheres (ou quem quer que seja), qual a finalidade disso tudo? Isso me lembra o convite do Raul Gil ao padre, na ocasião de sua visita ao programa da Band. Como de costume, o apresentador leva os artistas em uma churrascaria. Mas com o nome do lugar, ficou estranho o convite feito a um sacerdote. “Padre, vamos hoje ao Prazeres da Carne?”.


Durante a confecção deste texto, coincidentemente tive uma descoberta ainda mais absurda. A sua música “Vida” faz parte da trilha sonora da novela “Caras e Bocas” na Rede Globo! A novela das sete é tradicionalmente conhecida por humor e sensualidade.


Talvez ele tenha a desculpa da Evangelização. Mas não acho que a Palavra de Deus precise de um padre bonito, maquiado e sensual para ser propagada. Ela não precisa estar na novela das sete. Não é necessário gravar CD’s, DVD’s, superproduções, canhões de luz, fumaça artificial, guitarras estridentes, etc. Isso é acessório e não pode comprometer a Palavra de Deus. Foram mais de 2000 anos sem precisar de toda essa parafernalha e por que a partir de agora isso seria indispensável?


Padre Fábio de Melo, onde vamos parar? Quando vamos deixar de jogar pérolas aos porcos? Evangelização é uma coisa. Banalização da imagem da Igreja é outra! Em Jeremias, capítulo 20, a bíblia afirma que Deus seduz. É Deus quem seduz, padre. Ouviu bem? DEUS!



PS: Falei tanto sobre religião que acabei esquecendo de falar sobre música. Exceto o seu primeiro disco, o padre compõe e canta mal pra caramba... ao vivo, é deprimente ver o quanto ele desafina.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Olha a falsidade aí, geeeeente!



Foto da Globo.Com

Que mania mais feia valorizar as pessoas só depois da morte. Os artistas são os que mais sofrem com isso (se é que existe sofrimento depois da morte). Será possível enumerar os devidamente reconhecidos e homenageados ainda em vida? Talvez Tom Jobim, Elis, Roberto Carlos... acho que só... Se lembram de mais alguém? Se lembrarem, coloquem nos comentários, por favor...

Quem aí, nunca viu uma reportagem do Jornal Nacional, ou do Jornal Hoje falando sobre a morte de algum ator ou atriz que já estava bem velhinho, sobre o qual você NUNCA havia ouvido falar antes? E mais! Nessas reportagens, você descobre que embora a Globo elogie esse artista como “um dos melhores”, há muito tempo ela não dava sequer uma oportunidade para o recém-falecido. O texto do “off” diz algo do tipo: “...o seu último trabalho na TV Globo, foi na novela ‘Trocando as bolas’ de 1972”.

Pois bem. E por que raios eu to falando disso? É que fiquei espantado nas proximidades do carnaval deste ano, quando me deparei, não apenas na Globo (mas essencialmente lá), com incontáveis aparições e homenagens para o Neguinho da Beija-Flor. Estavam finalmente homenageando alguém vivo! Mas, de qualquer forma, me pareceu uma homenagem oportunista. Para quem não sabe, o sambista teve diagnosticado um câncer no intestino que o afastou de alguns shows e apresentações.

Luís Antônio Feliciano Marcondes, o Neguinho, começou sua carreira bem criança, assim como quase todos os cantores. Ele foi cantar um samba-enredo do Jamelão e acabou encantando os organizadores de um concurso. Faz mais de 30 anos que é o “puxador” (acho tão feio esse nome) da escola de samba de Nilópolis, numa identificação tão grande que acabou estampada no seu apelido. Em outras épocas, que não o carnaval, Neguinho se dedica a uma carreira de sucesso como cantor solo, e também como compositor. Claro, sempre no samba. Destaco uma música muitíssimo bem interpretada por ele: “Ângela”. Para quem não viu, vale a pena dar uma pesquisada no iul-tubil para procurar o vídeo do último especial do Roberto Carlos, no qual os dois dividem os vocais dessa canção e de “Eu e Ela”. Outro marco do Neguinho é aquele carioquíssimo refrão cantado no estádio: “Domingo eu vou pro Maracanã. Vou torcer pro time que sou fã”. E é claro, o “Olha a Beija-Flor aí, geeeente!”. Além disso tudo, Neguinho também tem uma extensa carreira internacional muito bem sucedida.

Embora tenha feito “tuuuudo” isso que falei aí em cima, o cara, para mim, não passa de um bom cantor. Só que o problema de saúde do Neguinho da Beija-Flor parece ter elevado seu nome aos altares da genialidade da música popular brasileira, como um ícone indispensável e insubstituível, divisor de águas de notória contribuição cultural para todo o país. Ora, embora ele tenha sua importância, também não são esses quinhentos. Convenhamos... Quem aí consegue cantar uma música do Neguinho da Beija-Flor assim de bate-pronto?

Perto do carnaval, teve transmissão do casamento dele, com direito a presidente da república e tudo. Fotos em todos os sites. “Homenagem ao Artista” no Raul Gil. Mas, o cúmulo foi no “Bom Dia Brasil”, acho que da sexta-feira que antecedia o carnaval. Como bom operário diário do jornalismo, ao tomar o café, assisto o “Bom Dia” para sair achando que estou mais bem informado para o trabalho. Nesse dia, foram quase dois blocos inteiros do jornal, dedicados a contar a vida do Neguinho da Beija-Flor, falar sobre o tratamento médico, seguido de uma entrevista que culminava com ele assistindo um vídeo de pessoas mandando “energia positiva”, e no final um monte de desconhecidos cantando e abraçando, enquanto o cantor chorava. Vários, claramente tentando chegar perto do cara só para aparecer na gRobo. Jamais vi um mísero show do Neguinho na Globo, nem participação no programa da Ivete. Agora, a distinta emissora parecia amar o cantor como a um deus. Acredito mais em um oportunismo pela ocasião do carnaval. Afinal de contas, hoje, mês de abril, ninguém mais ouve falar no (de novo) esquecido Neguinho da Beija-Flor.

Quero deixar claro o seguinte, não tenho nada contra ele. Realmente samba-enredo não é o tipo de música que ouço no carro, mas minha indignação é com o uso da imagem de alguém que está se recuperando de uma doença grave, para promover sua transmissão do carnaval. Neguinho, boa sorte, saúde, melhoras e, principalmente, cuidado com quem costuma te chamar de amigo. Olha a falsidade aí, geeeeente!


Neguinho da Beija-Flor e Roberto Carlos - Ângela


Homenagem a Neguinho da Beija-Flor no Bom Dia Brasil

quarta-feira, 11 de março de 2009

César Camargo Mariano e Pedro Mariano

Clicando nas fotos dá para ver em tamanho maior.




COMENTEM PESSOAL!

Com muito gosto fui ver na última quinta-feira, em Sorocaba, no Ginásio da Academia de Ensino Superior, com produção do SESC, o show “César Camargo Mariano e Pedro Mariano”.

Esta foi a terceira vez que vi o Pedro Mariano. A primeira delas havia sido no SESC mesmo. Não tenho certeza... mas, acho que há uns dois anos. Semana passada foi a primeira vez que vi o pai.

O espetáculo começa com César Camargo Mariano ao piano. E não é a toa que seu nome rima com o instrumento. As duas primeiras peças calam o público, que de boca aberta não desgruda os olhos dele, nem fecha os ouvidos à sua música. Do disco “Samambaia”, ele toca a faixa-título e “Curumim”, conseguindo, apenas com elas, e sem usar palavra alguma, explicar porque o álbum lançado em 1981 é aclamado como um dos melhores da música instrumental brasileira. Segue o show com Pixinguinha, Stevie Wonder e outras pérolas de sua própria autoria.

Em seguida, César, sem deixar de brilhar, recebe o filho no palco, para interpretarem canções do álbum “Piano e Voz” que gravaram juntos em 2003. A princípio, três canções desse trabalho, são seguidas por uma longa conversa de Pedro Mariano com o público. Ele domina a platéia, arranca alguns risos, mas exagera um pouco, o que torna um pouco cansativa a espera pela próxima música. Entretanto, quando ela vem, parece que a interpretação quase impecável da voz afinada do cantor compensa os minutos de espera. Uma tocante versão de “Beiral”, samba de Djavan gravado no disco “Meu Lado” (1986) também encanta o público. Na leitura brilhante de César Camargo, a melodia complexa do compositor alagoano consegue ser elevada, obrigando a cantarolar até quem não conhecia a canção. Também teve versão de “Tudo Bem”, música do Lulu Santos. Roupagem excelente também.

Depois de “Se Eu Quiser Falar Com Deus”, entram Leandro Matsumoto e Conrado... – esqueci o sobrenome do guitarrista... é um que parece o Ulisses Rocha – e com eles as canções mais pop’s. Pedro na bateria. É... a crise rifou o batera que tocava com ele. As levadas funkeadas, arranjos cuidadosos, mais o baixo do “japa” e a guitarra do “clone-do-ulisses” ganham um (desculpa, mas a palavra é essa) PUTA (assim maiúsculo) reforço com as inversões e acordes do patriarca. É como disse um amigo meu, excelente teclad/pianista, que também estava no show: “O César Camargo usa uns acordes não-lógicos, que se outra pessoa fizer a mesma coisa, não fica bom”. É fato!

Teve (já sem o César no palco) a execução de uma música que o Pedro diz que bombou na internet. Chama-se “Simplesmente”, e foi composta pela prolífica dupla Samuel Rosa e Chico Amaral. À primeira audição, não me agradou tanto assim. Não tem cara de hit do Pedro Mariano... mããããssss... vamos aguardar no local e ver no que dá.

Senti falta dos teclados e dos metais (ainda que playback) em algumas canções. O que não significa que o trio não vá bem. Ao contrário. Para não-músicos e aqueles que não estão tããão acostumados com os arranjos do disco “Pedro Mariano Ao Vivo” (2005), não faz muita falta. No final o César volta e aí dá até para esquecer aquele tecladista que normalmente toca com o Pedro – também não sei o nome, mas parece o Ivan Lins. Não que o cara que não seja bom, mas estamos falando do César Camargo Mariano, né... Pô!

Enfim, é muito legal cantar “Livre pra viver”, “Pode Ser”, “Voz no Ouvido” e a grudenta “Tá Tudo Bem”, ótima música do seu último disco de estúdio “Pedro Mariano” (2007). Apesar de um riff que ajuda um pouco, não gosto de uma música que ele insiste em cantar: “Três Moedas”. Acho tão fraquinha... E além disso, Pedro, tem dó, né! Fiquei sentindo falta de uma. Dá pra adivinhar qual?


PS.: Abaixo uma foto divertida, preciso explicar...

Eu costumo andar com uma garrafinha de água INSEPARÁVEL.

Então alguns amigos (que já me chamam de esquisito, veja aqui) acharam mais uma para me pentelhar. Que a garrafinha era minha melhor amiga, etc e tal... então a Garrafinha ganhou um perfil no orkut. Embora eu tenha trocado de garrafa algumas vezes, desde então venho fazendo alguns esforços para que os famosos tirem foto segurando-a. Essa foi há uns dois ou três anos, em ooooutro do show do Pedro Mariano em Sorocaba. Confiram!!!

Jota Abreu, Pedro Mariano, Garrafinha, Alex Amorim (o tecladista que eu falo no texto)
e Aline Amorim (minha esposa). Não, eles não são irmãos... rsrsrs


sexta-feira, 6 de março de 2009

Atenção Bandas Independentes!

Alô rapaziada.

Já tá com uma cara nova o Blog do Mistura! Só esse cabeçalho aí que ainda não consegui refazer. Mas vai ficar bonito!!! hehehehe

Seguinte.

Algumas pessoas têm vindo me pedir algumas dicas para suas bandas, por causa do tempo que trabalhei (e de alguma forma ainda trabalho) com produção de alguns artistas.
No meu caso, trabalhei com artistas de carreiras relativamente consolidadas, e com uma experiência que mais me ajudou do que eu os ajudei. Bandas novas e som mais jovem (embora eu goste) não sei exatamente quais caminhos trilhar, a não ser aqueles que vi alguns amigos conseguirem ultrapassar.

Acho que essa notícia que coloco em seguida pode ser uma boa ferramenta para algumas bandas. A MTV tem um poder forte, e me parece estar voltando a ter bons critérios para seleção de novos artistas para apostar. Vanguart e Malu Magalhães são exemplos.

O crédito da notícia é do site AdNews. E o link para a notícia ser visualizada no próprio site está a seguir.

MAS POR FAVOR: só entre com a sua banda se ela for boa. Não quero correr o risco de ter novos NX Zeros, CPM's 23 24 25, ou soFresno...

MTV recruta bandas de todo o Brasil


A nova grade de programação da MTV já está no ar e alguns dos destaques para esse ano são os MTV LABs, programas de videoclipes que são exibidos durante 14 horas por dia.

Dentro dessas faixas musicais, a emissora estreou o MTV LAB BR, onde exibe clipes independentes de todos os cantos do país, que vai ao ar todos os sábados e domingos das 11h às 12h

Mas as novidades não param por aí, a MTV quer conhecer as bandas independentes do Brasil e emplacar os melhores clipes de norte a sul na grade da emissora e para tal, a MTV escancara as portas de casa e quer receber videoclipes para exibir na programação e apresentar as bandas para todo o país.

A emissora criou um canal exclusivo via Portal MTV. Os interessados podem contatar a MTV através do email labbr@mtv.com.br, onde vão ser informados sobre como devem proceder para enviar seu material.

http://www.adnews.com.br/cultura.php?id=84995

PS: Vou tentar escrever algo hoje sobre as minhas impressões do show César Camargo Mariano e Pedro Mariano que assisti ontem!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Don Betto no natal!

Fala, galera!!!

Em breve passaremos por reformulações e super novidades estão para surgir e o Mistura ressurgir...

To 'afinzaço' de escrever umas coisas sobre alguns discos que foram recentemente lançados, sobre shows que vi, quem sabe até sobre as minha impressões de algumas dessas entrevistas que fizemos no Mistura. Mas parece que o tempo anda meio contra mim. Aliás tudo parece assim... to sem carro desde semana passada, e devo ficar sem ele por um bom tempo... huahuahua... usados... todos iguais... rs
Mas logo explode algum instante criativo aqui e eu mando ver.

Mais um programa

O penúltimo Mistura Musical que fizemos na RAC foi o único da história sem a presença do Professor Mariovaldo Marques, que faltou no dia da gravação. Foi na noite de Natal com o Don Betto. Para quem não conhece (tá na hora de conhecer) o cara é tido como um dos melhores guitarristas do Brasil e já dividiu o palco com gente do calibre de Raul Seixas, Zizi Possi, Jair Oliveira, Pedro Mariano, Luciana Melo, Ed Mota, Arnaldo Antunes, Toni Garrido, entre outros. Até com o B.B King o Don Betto já tocou.
Nos anos 70 e 80, este uruguaio que mora há muitos anos no Brasil teve grandes sucessos seus em novelas da Globo, inclusive, o maior deles, "Pensando Nela", foi regravado diversas vezes, por nomes como Fábio Jr., Cláudio Zoli, Trio Mocotó, e recentemente, no CD/DVD "Um Barzinho e um Violão - Novela Anos 70", a banda gaúcha "Papas da Língua" (aquela do sucesso "EEEEu see-eiii... tudo pode aconteceeeerrr") também cantou o sucesso de Don Betto.

Bom... acho que o cara está bem apresentado! Só baixar o programa e curtir o bom humor, talento e excelente musicalidade do Don Betto. Clique Aqui!

Vai aqui um vídeo do Don Betto com o Jair Oliveira no Ao Vivo Music em São Paulo.



E aqui nossa foto com ele e o guitarrista Guilherme Fanti.


Samuca Ribeiro, Don Betto, Jota Abreu e Guilherme Fanti

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Vídeo com Sílvio Brito!

Oláá pessoal!

Segue aí um vídeo da visita do Sílvio Brito no Mistura Musical.
As (até agora) 246 exibições do vídeo no Youtube me parecem sucesso! Haja visto que acabei não divulgando quase nada.

Aguardo pelo menos mais umas 20 visualizações com as visitas de vocês aqui no blog.

Confiram!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Banda The Name!

Jota, Mariovaldo, Samuca Ribeiro e os caras da banda: Andy, Molinari e Alves

Alô, galera!

A foto acima é em frente à Rede Amigos da Cultura, dia 17/12 ao sairmos da gravação do Mistura Musical com a Banda The Name. Aliás, diga-se de passagem, foto que foi quase um parto para ser realizada. O dono da câmera (esse que vos fala), tinha comprado há um dia e não sabia como usar o timer... e a chuva estava começando a engrossar... huahuahuahua... muito engraçado.

Estou postando essa foto para convidá-los ao lançamento do EP "Assonance" dessa que é uma das mais novas boas bandas de rock de Sorocaba, já como destaque em todo o estado de São Paulo e também em outros estados do Brasil!

O lançamento é hoje, às 22h, no Arara Aurora Bar em Sorocaba. Durante o evento não vai ter som ao vivo, mas vai haver a apresentação das músicas, a presença dos caras... enfim. Vale a pena!!!

Aqui o link para baixar o programa (DIVERTIDÍSSIMO, diga-se de passagem) que fizemos com eles. Baixem, ouçam e se divirtam. Clique aqui para download!

Segue abaixo uma matéria do jornal Bom Dia Sorocaba de hoje falando sobre o evento.


Rock’n roll para dançar no Arara Aurora Bar Banda sorocabana The Name lança o seu terceiro disco com cinco canções
Giuliano Bonamin

A pegada rock’n roll que caracteriza a banda The Name permanece no novo álbum “Assonance”, mas com um ritmo ainda mais dançante. Esse terceiro trabalho registrado em disco pelo grupo sorocabano será conferido pelo público presente hoje, às 22h, no Arara Aurora Bar, em Sorocaba.

“Pensamos em um disco mais voltado à pista de dança, mais alto astral, que o DJ possa tocar em qualquer festa”, comenta o guitarra e vocalista Andy. Ele divide o palco com o seu irmão, o baterista Alves, e com o baixista Molinari em um trabalho composto por músicas cantadas em inglês. “Temos referências de bandas internacionais e, para nós, a música ultrapassa a relação com a língua”, completa.

O novo álbum do The Name traz cinco músicas inéditas e conta com produção musical de Eduardo Ramos (Slag Records) e Sérgio Ugeda (Amplitude Records). No repertório estão as canções “Come out tonite”, “Can you dance, boy?”, “Mary did again”, “Tenant” e “Assonance”.

Na apresentação oficial do álbum, marcada para hoje, as músicas não serão tocadas ao vivo por falta de alvará do estabelecimento comercial. Mas a banda já estuda, ainda neste primeiro semestre, fazer um show em Sorocaba. Antes eles tocarão em um festival de música em São Paulo, no dia 15, e no Grito Rock, em Ribeirão Preto.

The Name
Quando: hoje, às 22h
Onde: Arara Aurora Bar


Abraçooo!!!