segunda-feira, 21 de junho de 2010

Entrevista Sérgio Britto


Fiz essa entrevista para o jornal Liberdade de Salto de Pirapora, onde os Titãs tocam no próximo sábado (26) de graça durante a Festa do Peão. Confiram essa entrevista exclusiva. Para ler no jornal, baixe o PDF clicando aqui.

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Sérgio Britto durante show em Sorocaba, em Maio (Jota Abreu)

Em entrevista exclusiva, Sérgio Britto dos Titãs afirma: “O show em Salto de Pirapora será inesquecível!”

Apresentando a turnê do disco “Sacos Plásticos”, lançado em 2009, os Titãs tocam em Salto de Pirapora, de graça, no próximo dia 26, às 22h30, no Recinto de Festas, durante a Festa do Peão e as comemorações do 104º aniversário da cidade. Branco Mello, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto são os 4 integrantes que restaram da formação original da banda, que tinha 8 membros. Arnaldo Antunes (em 1993), Nando Reis (em 2002) e mais recentemente Charles Gavin (em 2010) deixaram a banda para se dedicar a projetos paralelos. O guitarrista Marcelo Frommer morreu atropelado em 2001. Mesmo assim, a banda com quase 30 anos de carreira promete agitar a cidade com um show “inesquecível”, conforme o tecladista e vocalista Sérgio Britto promete em entrevista exclusiva concedida ao Jornal Liberdade. O artista fala da primeira visita a Salto de Pirapora, sucessos, motivação, novos artistas, entre outras coisas. Confira.

Jornal Liberdade - É a primeira vez que vocês se apresentam em Salto de Pirapora. Embora tenham acontecidos alguns shows de rock em edições anteriores da Festa do Peão (Ira!, Ultraje a Rigor e Detonautas já estiveram aqui) como é tocar em uma cidade com certa inclinação para a música sertaneja e em um evento onde predomina esse tipo de público?

Sérgio Britto - Já nos acostumamos a fazer isso. Sabemos que o público das feiras agropecuárias não é inteiramente nosso. Isso às vezes torna o show ainda mais instigante, pois temos de nos esforçarmos para conquistar a plateia. Não chega a ser um problema: em nosso repertório há muitas músicas que mesmo quem não gosta de rock sabe cantar de cor.

JL - O que a turnê “Sacos Plásticos” traz de novidade para o público que acompanha os Titãs?

SB - Pra começar, a formação: o Branco (Mello) tem tocado baixo (coisa que eu faço também nas músicas que ele canta) e o Paulo (Miklos) a guitarra base. Fora isso, estamos trabalhando com um baterista novo, Mario Fabre. Nessa turnê estamos revezando o repertório de músicas antigas. Aí em Salto de Pirapora, por exemplo, pretendemos tocar “Família”, “Comida” e “32 dentes” que não tocávamos há algum tempo.

JL - E quais as músicas o público sempre pede?

SB - “Polícia”, “Marvin”, “Epitáfio”, “Diversão”, etc.

JL - Alguma coisa mudou no show com a saída do baterista Charles Gavin?

SB - Basicamente nada. Se mudou alguma coisa, acho que foi pra melhor. Sempre que a gente encara um novo desafio, se enche de vontade e garra. Isso acaba tornando o show mais vibrante.

JL - “Sonífera Ilha” (Três Irmãs), “Antes de Você” (Caras e Bocas), “Pelo Avesso” (Cama de Gato), “Por que eu sei que é amor” (Cama de Gato), “Polícia” (Força Tarefa) e “O Pulso” (SOS Emergência) são apenas algumas músicas dos Titãs que foram trilha sonora de programas de televisão nos últimos 2 anos. Como conquistar tanto prestígio?

SB - São quase trinta anos trabalhando ininterruptamente. A cada trabalho que fazemos, procuramos fazer o melhor. Acho que isso acabou sendo reconhecido.

JL - Com tantos anos de carreira, e o grupo numericamente reduzido pela metade, onde vocês encontram vigor para seguir fazendo rock?

SB - A gente faz o que gosta, isso torna tudo mais fácil.

JL - Uma das características marcantes dos Titãs é a personalidade individual dos integrantes e seus múltiplos talentos. Como vão os trabalhos paralelos de vocês?

SB - Não posso falar pelos outros, mas eu vou lançar um novo disco solo no segundo semestre deste ano.

JL - Há uma pluralidade de bandas surgindo, muitas delas incentivadas pela facilidade de divulgação na internet. Como você vê essa nova realidade de mercado, e o que acha das recentes produções de rock/pop no Brasil?

SB - Acho que, infelizmente, o mercado não dá conta de toda a pluralidade que existe. Muito por conta, é claro, da pirataria, que devastou a indústria do disco. Isso acabou limitando o investimento em novos valores. Das coisas novas que tenho ouvido, o que mais me agrada e surpreende é o trabalho das novas cantoras. Gente como Maria Gadu, Marina de la Riva, Tiê, Céu, entre outras, têm trabalho sólido e muita criatividade.

JL - Mesmo com menos de um ano de turnê, os Titãs já fazem planos para novos trabalhos?

SB - Sim, normal. Antigamente costumávamos gravar um disco por ano. Hoje em dia ninguém faz mais isso... A nossa vontade é de registrar este show em DVD até o fim do ano.

JL - O que você diria ao pessoal de Salto de Pirapora que pretende ir ao show dia 26?

SB - Que compareçam todos. O show será inesquecível! Se você gosta ou gostou dos Titãs em alguma época da sua vida, venha! Não vai se arrepender.

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